domingo, 26 de junho de 2011

O Florescer de um Inverno



   Palavras não ditas podem ser causadoras de primaveras não chegadas. Por isso pode-se passar incessantes momentos no inverno imaginando como seria o florescer das rosas.
   Céu nublado com pequeninas bolas de neve caindo é como está o dia de hoje. Apraziante, mas frio e escuro. Olho pra minha direita, avisto a solidão que me abraça, ao lado contrário vejo chegando a noite.
  Dia após dia, chão gelado do qual amedronto firmar meus passos, neve que cai me fazendo necessitar de calor, não sabendo se o fogo é o suficiente. Um dia poderei dizer onde estou, e o que pude viver neste paraíso de uma apenas vida.
  A cada manhã busco madeiras para acender a lareira que substitui o calor do qual necessito. Passo dias imaginando como seria te dizer onde estou, e se me pode levar para fora daqui, será que pode ouvir meus pensamentos?
  Acho que devo findar esse frio, ao menos o que existe em meu coração por motivo de nunca ter dito onde estou. Será que me procura?
  Em mais uma das tardes em que de costume avisto o pôr-do-sol recebo uma visita, você. Será que essa vai ser a única oportunidade de que tenho para dizer onde estou? Você está ao meu lado, acompanhada de uma florida primavera, e eu aqui, amedrontado por um gelado inverno. Tem lugar pra mim desse outro lado em seu coração? Posso ver que traz paz e alegria, é o que preciso, pois desse lado de cá não tenho motivos de sorrisos, pois não tenho você pra me fazer feliz.
  Isso, me tire desse frio inverno, e me leve para a doce primavera, onde a felicidade é o ar que respiramos, onde não há espaço para a tristeza, ela não pode sair do frio inverno, pois a solidão não a abandona.
  Eu estava onde ninguém estava, onde a felicidade não pairava. Afinal, ela nunca esteve lá. Estou livre, posso desfrutar da maravilhosa primavera, pois um dia disse onde estava.

sábado, 25 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Em Busca do Arco-Íris

 
   Tentativas fracassadas poderiam ser os motivos de uma desistência, descobertas ilusões poderiam pesar sobre ombros frágeis acrescentando nos motivos pro verdadeiro fracasso, que alguns preferem chamar de desistir. A perseverança é desconhecida para os que buscam o arco-íris atrás de uma apenas montanha, não sabem que podem precisar esperar ultrapassar a próxima.
   Quando prontifico pensamentos de que a esperança é minha condução para a felicidade posso ouvir a voz do vento, o respirar das flores, e a melodia das águas. Apenas quando acredito que problemas e desilusões são apenas empecilhos é que se forma em minha máquina de esperança os traços coloridos que tenho a buscar.
   Fragilidade corroendo pós-sofrimento, idealizações ofuscadas, embaraços de uma esperança é o que se restou quando alguém se limitou com o fim no momento em que não encontrou o que seu coração almejava. Longe está o baú que faz a criação do arco-íris, disposto a ir abrí-lo? Doloroso será caminhar ferido por flechas de desânimo, atingido por golpes de amargura, mas acredita que antes do fim ainda vale a pena lutar para extender sua felicidade assim como um feixe de luz sem fim?
   Céu nublado? Não é motivo para não sorrir por ausência do sol, pois ele ainda se encontra no céu. Dificuldade? Não é motivo para não sorrir por insuficiência, pois fortes são os que ultrapassam os obstáculos que lhes fora colocados a frente. Chuva? Não é motivo para não sorrir por desânimo, pois é dela que o sol precisa para formar o arco-íris, esperança para os que buscam a felicidade.

sábado, 18 de junho de 2011

Sun and Rain

   
   A madrugada caminha vagarosamente em minha direção, responsável por encerrar mais uma fria noite, até que venha o mais belo dos astros. É neste momento em que geralmente mais estou acompanhado, pois comigo a solidão e as sombras da noite passam horas.
   Desde a aparição do sol, até o novo encontro com a noite, são incessantes as oportunidades que recebo para que eu tenha algo bom a contar para a Srª Solidão. Ela se aprazia em ouvir minhas histórias diárias, apenas parece não entender quando começo a reclamar, pois as chances de ter feito meu dia melhor estavam comigo.
   Quando estou só, posso lembrar daqueles que já choraram por minha causa, os que já sorriram apenas por me verem feliz, aqueles que já me fizeram sofrer por eles, pois não os podia ajudar, afinal, prefiro chamá-los de amigos.
   São lembranças de lágrimas que já cairam, de sorrisos que surgiram, e sonhos frustados que me fazem forte, pois é dessas lembranças que me vem a esperança de que tudo pode ser melhor. Então, por quê não dizer que na solidão tenho aprendido a ser mais forte?
   No som da melodia matutina, ainda clareiam meu rosto os feixes de luz que me trazem esperança, tenho por mim que o Astro Rei, além de clariar um enorme globo, tem a função de nos envolver em seu brilho, nos fazendo mais felizes.
   A chuva cai, o som de juntas gotas d'água não me trazem temor, mesmo quando se é formada a tempestade.
   Na junção da chuva com ventos frios, meu encontro com a Srª Noite se torna mais emocionante, meus pensamentos tomam rumos desconhecidos, sem controle. Então, por quê temer se me faz bem?
   Em minha nem tão comum rotina, mesmo na companhia da solidão e da noite, busco a intensa comunhão com o clarão do sol, com a magnífica felicidade. Independentemente se eu estiver em meio a escuridão, nada tenho a temer.
   Minha esperança está no posterior a tempestade, pois do mesmo céu que vem as chuvas, é que vem o radiante brilho do sol.