sábado, 18 de junho de 2011

Sun and Rain

   
   A madrugada caminha vagarosamente em minha direção, responsável por encerrar mais uma fria noite, até que venha o mais belo dos astros. É neste momento em que geralmente mais estou acompanhado, pois comigo a solidão e as sombras da noite passam horas.
   Desde a aparição do sol, até o novo encontro com a noite, são incessantes as oportunidades que recebo para que eu tenha algo bom a contar para a Srª Solidão. Ela se aprazia em ouvir minhas histórias diárias, apenas parece não entender quando começo a reclamar, pois as chances de ter feito meu dia melhor estavam comigo.
   Quando estou só, posso lembrar daqueles que já choraram por minha causa, os que já sorriram apenas por me verem feliz, aqueles que já me fizeram sofrer por eles, pois não os podia ajudar, afinal, prefiro chamá-los de amigos.
   São lembranças de lágrimas que já cairam, de sorrisos que surgiram, e sonhos frustados que me fazem forte, pois é dessas lembranças que me vem a esperança de que tudo pode ser melhor. Então, por quê não dizer que na solidão tenho aprendido a ser mais forte?
   No som da melodia matutina, ainda clareiam meu rosto os feixes de luz que me trazem esperança, tenho por mim que o Astro Rei, além de clariar um enorme globo, tem a função de nos envolver em seu brilho, nos fazendo mais felizes.
   A chuva cai, o som de juntas gotas d'água não me trazem temor, mesmo quando se é formada a tempestade.
   Na junção da chuva com ventos frios, meu encontro com a Srª Noite se torna mais emocionante, meus pensamentos tomam rumos desconhecidos, sem controle. Então, por quê temer se me faz bem?
   Em minha nem tão comum rotina, mesmo na companhia da solidão e da noite, busco a intensa comunhão com o clarão do sol, com a magnífica felicidade. Independentemente se eu estiver em meio a escuridão, nada tenho a temer.
   Minha esperança está no posterior a tempestade, pois do mesmo céu que vem as chuvas, é que vem o radiante brilho do sol.

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